quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Superstição do Hipster




 






Para Durkheim a sociedade é dividida em grupos cada individuo pertence a um, porem falarei de um grupo especifico conhecido como “Hipsters” que geralmente estão presentes na classe média branca nos estados unidos, Inglaterra e também existem as ramificações em outros países como o Brasil, por exemplo, se expressam de alguma forma. Algumas idéias Hipster são superficiais e geralmente se preocupam em parecer ser ao invés de serem de fato. As buscas para estarem cada vez mais distantes da cultura “Mainstream” fazem dos Hipsters se tornarem seres previsíveis e condicionados. Bom, para chegar a essa tese procurei a origem dessa identidade, comportamentos comuns entre membros e suas contradições.
 
Nos anos 40, o termo hipster (ou "Hipster" ou “Hep Cat") era usado para descrever os apreciadores de jazz urbano afro-americano que frequentavam as redondezas do Harlem (bairro de Nova York). A primeira critica aparece nos anos 50, o escritor americano Norman Mailer muda completamente a representação pública dos Hipsters ao descrevê-los como “O branco da classe média urbana que gostava de sair da zona de conforto da cultura branca de classe média para ir a clubes de jazz, geralmente frequentados por negros”. Observe que entre a década de 40 e 50 houve a criação de uma ideia de fuga da cultura capitalista massificada , ao invés do indie-rock, MPB e outros que não são considerados mainstream, o Jazz foi o objeto idealizado para que essa fuga da cultura “mainstream” acontecesse. Repare que esta sendo feita uma comparação entre o hipster de hoje e o hipster da década de 40 e 50. O que essa origem influência nos dias de hoje? Bom, Norman Mailer havia afirmado que os Hipsters eram brancos de classe média, isso continua ate hoje (são de escolas particulares e cor de ele é branca). Querendo ou não, o estilo Hipster e um estilo elitista, pois para consumir os produtos cultuados por esse grupo no mínimo deve pertencer a classe média.
 
Após décadas em 1994 o tema volta a ser comentado na revista Times (a matéria de capa dizia "If Everyone Is Hip... Is Anyone Hip?”, algo como “Se todos são Hipsters... então qualquer um é Hipster?”).A identidade também sofrendo criticas, se o intuito de ser hipster e ser distinto, então são sujeitos querendo ser diferentes mas acabam sendo idênticos a outros que também tentam ser underground eis ai o “Superstição dos Hipster” em achar que o mainstream e o underground são antagônicos, onde na verdade estão no mesmo lado da moeda. Dialoga também no paradigma da tatuagem , tatuam-se para tornar-se diferentes das outras pessoas e acabam tornando-se iguais a outras milhares que já se tatuaram.
 
A terceira volta dos Hipsters na mídia ocorre em 2003, quando dois livros satíricos são publicados e a reação contra eles começa a se cristalizar. A partir daí, começam a surgir vários outros blogs, vídeos e outros trabalhos satirizando-os. Alguns sites e páginas no Facebook evidenciam através do humor o comportamento contraditório e forçado de alguns Hipsters, Recentemente uma pagina de Humor no Facebook chamada “Todos contra o Indie” fez uma critica que evidência as incoerências nesse movimento, uma das publicações dizia “Tiram fotos tomando café do Starbucks, mas não tomam o café preto na casa das avós” outro site brincou: “Usam óculos enormes de grau sem precisarem apenas para se passar de intelectual”. Possuem um objetivo : se afastar o Maximo das coisas mainstream e buscarem serem inovadores e criativos mas seguem um padrão que por incrível que pareça pouco varia, óculos de sol e de grau grandes dos anos 80, blusa do Joy Divison , Arctic Monkeys , quase sempre com comentários breves, pouco profundos, sobre as fotos de seus livros que a maioria das vezes estão fechados e raramente fazem uma resenha crítica falando de cada obra postada,, usam apenas o visual, são superficiais e possuem pouco conteúdo critico e aprofundado, é um estilo apenas de objetos, blusas, óculos e Livros fechados. Retomando a tese se preocupam em parecer ser ao invés de realmente ser, são a geração classe média coca-cola.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Um pouco mais de narcisismo.

                                 







                                                     Um pouco mais de narcisismo.
  
     Não temos uma definição universal para o que é vida, porém podemos identificar traços que nos encaminha para futura resposta que há em nossa cultura (ocidental capitalista) um desses  traços  será a tese desse texto, que é: as dualidades presentes em nossas vidas “o que realmente sou e o que desejo ser?” veremos que há desigualdade na ênfase nessas duas questões. Essa ideia aparece também no filme Clube da Luta, é umas das principais razões para as pessoas buscarem a religião e um alimentador do consumismo.
    No filme Clube da luta o personagem “Jack” que exerce a função de narrador personagem cria uma dupla personalidade, alguém que é tudo o que ele gostaria de ser, bonito, bem vestido, inteligente, possui carro luxuoso,não trabalha em um escritório, mora em uma casa velha ou seja, ele cria uma vida completamente diferente comparada a que ele tem. Esse tipo de dualidade acontece em nossas vidas, mas de uma maneira um pouco diferente para a maioria das pessoas, começamos a idolatrar sujeitos que são aquilo que jamais seremos exemplo: famosos, talentosos, ricos etc. A mídia exerce a função de criar indivíduos para serem nossos ídolos, esses personagens cantam bem, namoram pessoas que nos somos loucos para namorar, possuem habilidades que gostaríamos de ter e com isso nos tornamos cada vez mais insatisfeitos com nós mesmos. Por conta disso, a idolatria funciona como uma espécie de fuga, cultuamos quem é aquilo que queremos ser. A diferença desse tipo de dualismo ao dualismo presente no Clube da Luta é que não somos responsáveis pela criação de nossos ídolos e sim a mídia, já no filme e o próprio autor que cria o seu Herói.
    Esse pensamento também esta presente na religião cristã, pelo fato de sermos insatisfeitos com a nossa existência, construímos a ideia de que haverá outra vida na qual todo nosso sofrimento terráqueo acabará, da mesma forma construímos alguém que é perfeito (Jesus cristo) que fez coisas que nós não somos capazes de fazer exemplo: milagres, foi puro, não cometeu pecado, ou seja, um ser utópico. Como dizia Nietzsche “só existiu um cristão, Jesus Cristo”. Se pensarmos que várias pessoas conseguissem alcançar todos os seus feitos, ele não seria tão idolatrado assim, o motivo pelo qual cristo e idolatrado ate hoje é que nenhum cristão conseguiu ser idêntico a ele.
       O capitalismo talvez seja a morfina para esse problema, ele nos da o consumo para nos satisfazer por pouco tempo ate o próximo comercial nos dizendo que acabamos de comprar algo que não esta mais na moda. Ou também exerce a função de nos parecermos com os nossos ídolos comprando roupas parecidas, cortes de cabelo, produtos com suas fotos etc.
      Como dizia Cazuza, Frejat “por você eu aceitaria a vida como ela é” isso para ele e considerado como um esforço e realmente é, são tantas coisas que nos tiram da realidade que talvez passaremos toda a vida sem olhar para quem nos somos, qual nosso papel, nossas qualidades perdemos um pouco do nosso  narcisismo Outra banda que  aborda esse tema é  O Rappa na música “o que sobrou do céu” em  um trecho ele diz: “Fez da TV um espelho refletindo o que  a gente esquecia”. A televisão desligada nos reflete algo que nós esquecemos, nós mesmos. Já passou do tempo de termos nossa própria personalidade e finalmente ser.




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dizem que alcoólatras morrem cedo.Oras eu bebo porque não quero viver eternamente, aliás vocês deviam experimentar essa maravilha , conhecer cada bar, provar cada bebida é algo majestoso. Beber em festas é bem interessante mas vai como você preferir.Tente manter o controle pois nunca se sabe o que vão fazer com você bêbado.E um veterano como eu não deixar de ter uma adega, nada é mais precioso do que fazer minhas próprias bebidas, é algo extremamente excitante para mim. -Um bêbado qualquer.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Falso cárcere moral.

Vives num cárcere moral mal vigiado. O guarda é um ventriloco e no céu os anjos usam peruca. Nossa ética foi mal argumentada. Sua jaula é imaginada, caso duvide, imagine qualquer outro motivo que o faça atravessa-la, felicidade é o dum viciado e tristeza o de um suicida. A desculpa não precisa ser boa para os outros, já me basta se oferecer liberdade somente à ti.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

efemeridade..

Quando as coisas mudam , as paredes mudam
quando eu mudo junto com as coisas minha felicidade se vai
mas.. quando tudo se muda eu tenho que mudar
ai se começa o novo ciclo de adaptação
quando vamos parar de mudar?
manter o mesmo vizinho para sempre
e esquecer essa palavra triste , impiedosa e que tanto me segue
efemeridade..

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Classe Presunçosa.

Nós, os presunçosos, existimos por traz de alguma prova de amor avaliativa, o que não existe é o sentido em se importar se não há alguém para apreciar. Entre nós, destacam-se de forma gloriosa aqueles que tiverem o maior numero de julgamentos ou criticas. As análises de âmbito depreciativo são bem vindas, descuidadas, mas bem vindas, pois são importantes, ajudam a preencher algum vazio gigante. Somos nojentos e depravados, sabemos, só não somos desumanos, não podemos não ser o que por acaso já somos.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

E vida...

Temos uma vida que não sabemos o que é e para o que serve. Mas vivemos , controlados, vigiados e punidos como dizia Foucault. Eu vivo e escrevo em primeira pessoa , souá egoísmo ou narcisismo mas não , é só vontade de escrever sem métrica sem assunto e sem lógica como a vida. Ás vezes tenho a sensação de estar dentro de um "jogos mortais" minha vida é uma tortura cheia de limites e o pior disso tudo que não sou Emo e nem tenho depressão, a estrutura as regras, a rotina a forma como as coisas são organizadas e praticadas me incomoda muito. Queria poder mudar tudo isso, só não sei como, deus também quer achar a forma de arrumar a vida das pessoas enquanto não acha , fica omisso (prefiro acreditar assim). Estou quase entrando em surto, pressionado e preocupado por ter apenas essa vida e não estar fazendo valer a pena. Para quem está fazendo , batatas.